segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fraldas vazam

Passados dois meses do nascimento do meu baby lindo, finalmente consegui me sentar para escrever sobre minhas primeiras impressões dessa nova jornada que é pra essa vida toda!
A primeira coisa que eu tenho pra dizer é como eu queria que as pessoas me contassem as dificuldades do primeiro mês. Contassem mesmo, nos mínimos detalhes. Claro que cada um encara de um jeito as adversidades e novidades, mas depois fui descobrir que todo o medo, a insegurança e o chororô por que passei são clássicos para quase todas as mamães. Especialmente para as mamães de primeiríssima viagem como eu.
Pra somar com o chamado baby blues (esse processo de melancolia pós-parto) ainda passei por uma experiência de parto que não foi legal, minha pressão estava alta, minha médica conduziu as coisas de uma forma que eu não gostei, o anestesista me dopou demais devido a meu nervosismo e eu perdi o momento que eu  esperei por 9 meses. Que foi ver meu baby assim que ele saiu da minha barriga e sentir ele em cima do meu peito pela primeira vez. Pra ver a carinha dele bem de pertinho.
Esses fatores juntos me deram uma derrubada. Depois vem a amamentação que não tem nada de simples e glamuroso como pregam por ai.
Nesse tempo fiquei pensando, porque eu estava me cobrando tanto. Claro que todos querem sempre que as coisas saiam da melhor forma possível, mas as minhas cobranças beiravam a loucura. Foi nesse momento reflexão que eu vi que essa onda de parto natural-humaninzado, amamentação exclusiva no peito até os 6 meses, não oferecer chupeta e blá, blá, blá acabam deixando as mamães que não conseguem realizá-los frustradas e isso piorou demais esse estado de fragilidade que vivencia-se no pós-parto.
Não quero dizer que a tal onda não seja positiva, mas é importante deixar claro que ninguém é menos mãe ou uma mãe ruim por ter passado por uma cesariana ou por dar leite artificial ao seu bebê ou ainda por não poder comprar um sling, mamadeira de vidro com bico especiais "desenvolvidos pela NASA", etc. Ser uma boa mãe está muito além, exige antes de tudo amor incondicional e muito racional. Ambíguo assim! Complexo assim! Tão simples assim!
Se as melhores fraldas do mercado vazam, e como vazam, decidi parar de me cobrar e vivenciar, me doar a essa nova aventura e dar boas gargalhadas dos banhos de xixi que meu filhote me dá!
Tão simples assim!
Vou lá amamentar e quando sobrar mais um tempinho eu volto.





As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.