Aquela velha ladainha

Como boa brasileira que sou acabo, involuntariamente, deixando tudo pra última hora. Sempre me prometo quanto tenho algo importante para fazer, como meus trabalhos do mestrado, que eu os farei com a devida antecedência para não entrar naquela correria louca.

Mas quem disse que eu consigo? Cada dia encontro uma desculpa diferente para empurrar com a barriga a obrigação pra frente.

E agora me encontro com o prazo no pescoço, desesperada, sem nenhum saco pra escrever. Ah, quem não sabia que isso iria acontecer? Tenho a leve sensação que no fundo eu devo gostar desta maldita adrenalina, não é possível!

Sem mais alternativas, tenho que sentar a bunda, nesse calorão do Rio de Janeiro, em frente ao pc. Pegar uma porrada de textos pra reler rapidamente, organizar as idéias e escrever, escrever muito e muito bem. Para na segunda aparecer com a cara de boa aluna com o trabalho pronto nas mãos e entregá-lo a professora com aquele ar de que foi tranquilo!

Mais uma vez prometo que da próxima vez me organizarei e farei tudo com antecedência. E acredite quem quiser...

O pé na estrada e o coração em casa

Viajar sempre é uma diversão. Conhecer lugares novos, experimentar hábitos diferentes, conviver horas seguidas com seus amigos. É como uma festa que não tem um fim. Até fiz as pazes com a praia e o mar, que sempre me deixou apavorada! Porém não tem lugar melhor que a casinha da gente. É clichê, mas é a pura verdade. Você faz o que você quiser, como você quer. Pode dormir sem roupa, fazer sexo, tomar 500 copos do seu refrigerante light, no copo cheio de gelo. Brigar com o maridão sem platéia e especulações. Dormir e acordar na hora que te dá na telha. Ver seus seriados preferidos na tevê a cabo, escutar as suas músicas, atualizar a sua "vida virtual" e tal.

Além disso, tem aquela história, eu amo a natureza, mas nada como a comodidade da vida urbana. Ficar em um lugar que não tem transporte, nem comércio pertinho é angustiante. Dá uma sensação louca de desamparo! Deve ser por isso que eu sou a única que prefere mil vezes fazer turismo em São Paulo a me despencar pra alguma praia quase deserta em algum lugar do nordeste. Destes lugares as fotos e as hostórias me bastam. Gosto de sombra e água fresca sim, mas que seja ao lado de um bom shopping, com uma ar condicionado bem potente e pouca luz. Quer melhor?

Viajar é isso, diversão, fotos, histórias, muitas delas, e mais um imã pra enfeitar a porta da geladeira!