Hoje de manhã no ônibus olhando pela janela daquele jeito que as imagens vão passando sem que você se fixe em algo especial. De repente, borrões laranja constantes me chamaram a atenção. Eram os garis da Prefeitura do Rio.
Solitários, com suas vassouras enormes, suas caçambas móveis, seus uniformes inconfundíveis. Varrendo as calçadas, as praças, juntando folhas e mais folhas, que se acumulam depois de uma noite chuvosa, desobstruíndo os bueiros. Fazendo seu trabalho diário, necessário e "imperceptível" aos olhos da maioria de nós. Em meio ao trânsito de estudantes, trabalhadores e de domésticas indo comprar pão fresquinho, a passeios matinais caninos, a caminhadas de jovens e velhinhos.
Personagens do cotidiano do nosso Rio de Janeiro. "Formiguinhas incansáveis" no eterno dever de manter a cidade mais bonita, higiênica ou pelo menos apresentável, já que boa parte da população não colabora muito com a limpeza e a preservação da cidade.
A cor de seus uniformes, o polêmico laranja, virou uma referência à Prefeitura da cidade, graças ao ex-prefeito maluquinho-beleza, César Maia. No início foi aquele choque, mas atualmente acho que virou um estilo, uma marca, destes trabalhadores. Confesso que até torço para que o novo prefeito insosso-moralista-normatizador, Eduardo Paz, não altere a indumentária destes grandes colaboradores para o azul sem graça adotado por seu governo.
No último Carnaval os garis do Rio ganharam uma justíssima homenagem da Grande Rio, que vestiu sua bateria e a Rainha, Paola Oliveira com o uniforme estilizado. E o famoso gari, Renato Sorriso, que já se transformou em uma celebridade carnavalesca, devido a sua atuação dançante e carismática após o encerramento do desfile de cada Escola, também foi prestigiado pela agremiação que o colocou como destaque em um carro alegórico.
Ser gari no Rio, menina, deve ser sinistro! A cidade é muito suja, meu Deus! As pessoas não têm consciência, fazem xixi na rua, cospem, não procuram lixeiras...
ResponderExcluirA Conlurb nunca vai ser completamente eficiente se a população não ajudar, não é?
Sempre fico pensando nos lixeiros que trbalham nos caminhões. São heróis eles.